segunda-feira, 9 de junho de 2008

FAMÍLIA NA MODERNIDADE

Fonte da imagem: http://www.patriciagalvao.org.br/
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A idéia de que a família é o melhor lugar para se transmitir valores essenciais aos filhos para que se formem cidadãos íntegros e saudáveis ainda rege a ecologia social. Tal pressuposição pode se confirmar através das políticas públicas que sustentam que a criança precisa ser protegida pela família, pela sociedade e pelo Estado. Realmente a influência familiar na formação global de uma pessoa é bastante forte. Entretanto, em alguns casos essa influência pode não ser benéfica, ou mesmo ser bastante prejudicial. Esse fato foi confirmado quando perceberam que o lugar que a priori deveria ser de proteção, por algumas vezes era configurado como o local de maior hostilidade, ou mesmo violência contra a criança ou adolescente. Então, diante desse panorama, acredita-se que seja necessária uma intervenção protetora dessa pessoa, que pode estar sofrendo maus tratos em sua própria casa. Assim, um dilema é apresentado para os especialistas em violência doméstica, como a psicóloga Hebe Signorini Gonçalves, Coordenadora do Núcleo de Atenção a Crianças Vítimas de Violência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - "qual o limite entre a proteção aos direitos da criança e o respeito à convivência familiar? Que nível de violência intrafamiliar justifica a intervenção? Em que circunstâncias afastar uma criança dos seus pais biológicos pode representar um benefício?" Apesar do dilema, Signorini Gonçalves aponta, em seu texto ''Infância e Violência Doméstica: Um Tema da Modernidade'', que profissionais de saúde e educação em todo o mundo, obviamente incluindo o Brasil, são hoje legalmente obrigados a informar ao setor público a ocorrência de casos suspeitos ou confirmados de violência contra a criança. Esta psicóloga acrescenta que a rede de agências sociais passa a desenvolver não apenas programas de assistência à criança e à família, como também programas destinados a identificar e coibir a violência de pais contra filhos que em casos extremos podem invocar a intervenção jurídica destinada a promover o afastamento temporário ou definitivo de uma criança vivendo em lares abusivos. Cabe à sociedade fazer a sua parte, estando atenta às possíveis situações de abuso sexual ou qualquer outro tipo de violência contra crianças e adolescentes e fazer a denúncia aos órgãos cabíveis.

Escrito por ragazzi

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